domingo, 19 de fevereiro de 2012

UM ENCONTRO PARA SER LEMBRADO: DOM HELDER E MADRE TEREZA DE CALCUTÁ


Dom Helder Camara e Madre Tereza de Calcutá só se conheciam através do que se publicava sobre eles na mídia internacional... No Congresso Eucarístico da Filadélfia, em 1976, no entanto, aconteceu, pela primeira vez para ambos, ficarem sentados em cadeiras vizinhas... Os fotógrafos e jornalistas adoraram! A toda hora espocavam "flashes" ... Afinal, como religiosos defensores das minorias os dois eram imbatíveis...

Coincidentemente, marcaram uma entrevista com os dois no mesmo horário, com cobertura inclusive pela televisão.  Ela, preocupada, comentou com ele, nos bastidores, que nunca se acostumava com as luzes da televisão, com auditórios muito grandes, com multidões ...

Dom Helder puxou conversa, para distraí-la... E ela confidenciou que sentia que ele  se "protegia"  de aplausos e elogios lembrando que estava com o Cristo desde o Batismo, mas o Cristo se "apagava"  tanto dentro dele  que era preciso pensar que estava na entrada triunfal de Jerusalém, dizendo: "Senhor, eu serei apenas o teu jumentinho!"  Dom Helder concordou... Riram muito quando ela concluiu: "Só que eu não tenho coragem de dizer "teu jumentinho"... Prefiro afirmar que sou uma burra velha ou uma velha vaca..."

Riram muito, aqueles dois... E ele, poucos instantes de serem chamados para a entrevista, sugere que façam os dois esta oração:  "Senhor, Jesus, nós temos a felicidade e a responsabilidade de acreditar que somos um contigo desde o batismo. Mas somos nós que apareceremos. Tu  te escondes tanto, Senhor Jesus, e como essa carcaça é uma parede de pedra, nós somos opacos! Agora, que vamos ser vistos por milhões, que a graça divina nos torne transparentes de tal modo que, quem nos olhar, em vez de Madre Tereza e Dom Helder, contemple Jesus Cristo!"

(Fonte: Catolicanet, Marieta Borges Lins e Silva)

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